Cine Concerto do filme Epopeia Gandareza

O filme "Epopeia Gandareza" , realizado por Vasco Espinhal Otero e produzido por Cabra Cor de Rosa / Cineclub Bairrada, apresenta a estreia da digressão (nacional e internacional) do seu formato cine-concerto, com a banda sonora criada pelo projeto “Cabra Cor de Rosa” interpretada ao vivo, acompanhando a projeção da obra.

Nesta epopeia, o espetador é convidado a adotar a visão de um narrador divino ou extraterrestre, vindo dos confins do Cosmos e do início microscópico da vida, que chega ao nosso planeta, chegando mesmo à região da Gândara e passando pela Ilha do Pico. No entanto, esta é somente uma referência, um ponto de passagem, com uma cultura própria, entre muitas desta aldeia global. As presentes ameaças ao meio ambiente são abordadas com foco nas soluções de futuro: diversidade cultural, partilha emocional e arte científica.

A obra, iniciada em 2016, comporta elementos de vários géneros cinematográficos e foi já premiada em países como Índia, Argentina, Estados Unidos da américa, África do Sul e Malásia.

Desde o início do cosmos ao longínquo futuro, da análise do metafísico ao quotidiano das emoções, da ameaça à natureza até à riqueza das culturas, aqui a Gândara é somente um ponto de vista ou de passagem, numa experiência sensorial guiada ao longo dos vários capítulos. A viagem nesta epopeia é, acima de tudo, intuitiva. A música, assim como o silêncio, convidam o público a apreender este imaginário e a encontrar-lhe sentido, deixando a abordagem global para mais tarde. Esta obra não contém nenhum diálogo, personagens ou narração tradicional, mas comporta uma história. O seu ritmo e tom são estabelecidos pela justaposição intencional de imagens e som, é esta a sua linguagem.

Referências cinematográficas e literárias: Adotando uma metodologia inspirada nos poemas sinfónicos do séc. XIX, impulsionado pelo legado de obras como “O Homem da Câmara de Filmar” (1929) de Dziga Vertov, “Berlin, sinfonia de uma cidade” (1927) de Walter Ruttmann ou “Koyaanisqatsi” (1982) de Godfrey Reggio, para além do mais recente “Aquarela” (2018) de Viktor Aleksandrovich Kossakovsky e incitado pela literatura de Carlos de Oliveira, este filme manifesto-experimental procura provocar sensações, tocar a dimensão sensorial de cada um e remeter para as referências simbólicas de todos nós.

Ficha Técnica

Realização: Vasco Espinhal Otero

Produção: Cineclub Bairrada, Coletivo Efervescente e Cabra Cor de Rosa

Edição de imagem: Paulo Fajardo, Vanessa Rodrigues e Samuel Filipe

Imagens: João Amorim, Vanessa Rodrigues, Paulo Delgado, Tânia Ribeiro, Lucinda Grilo, Gil Ramos, Maria Faria, Francisco Faria, Vasco Espinhal Otero, Célia Oliveira, Diogo Mendes, João Faria

Imagens (Drones): João Amorim

Grafismo: Vanessa Rodrigues

Design: Célia Oliveira, Vanessa Rodrigues e Diogo Marques

Som: Sylvain Barreto

Banda Sonora: Cabra Cor de Rosa

Produção Musical: Sylvain Barreto

Músicos:

Vasco Espinhal Otero, Sylvain Barreto, João Toscano, Vasco Faim, Gabriel Salvador, Vasco Carvalho, Carolina Pessoa, Paulo Viegas, Francisco Saldanha, José Miguel Pires, Carlos Pilu, Gonçalo Quintas, Judite Gonçalves, Leonor Pires, Mateo Silva Santos, Matilde Silva Santos, Vicente Pessoa.